quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Heróis existem. Primeira travessia do Atlântico feito por aeronave






João Ribeiro de Barros (Jaú, 4 de abril de 1900 — Jaú, 20 de julho de 1947) foi um aviador brasileiro. Com seus companheiros foi pioneiro na travessia aérea do Atlântico Sul, no dia 28 de abril de 1927, partindo de Gênova, em Itália, até Santo Amaro represa do Guarapiranga(São Paulo), fazendo escalas em Espanha, Gibraltar, Cabo Verde, e Fernando de Noronha, já em território brasileiro. a bordo do hidroavião Jahú.

Pediu auxílio ao governo brasileiro o que lhe foi negado. Nesta época existia uma disputa não declarada entre vários países pela supremacia nos ares. França, Inglaterra, EUA, Alemanha, entre outros empenhavam-se em vôos transoceânicos. Já que o sucesso destes empreendimentos era duvidoso e como o Brasil não desejava indispor-se com as potências da época, João Ribeiro de Barros não conseguiu ajuda oficial.



Com os próprios recursos e sem nenhuma ajuda governamental, João Ribeiro de Barros adquiriu na Itália uma aeronave Savoia-Marchetti S.55 avariada e promoveu, com Vasco Cinquini, diversas reformas na mesma, melhorando assim a sua velocidade e autonomia. Tais reformas foram tão positivas para o desempenho do hidroavião que impressionaram os italianos.

Sofreu sabotagens, chantagens de companheiros, o desdém do presidente Washington Luís, mas perseverou, e às 4:30 H da manhã no dia 28 de abril de 1927, partindo de Praia na ilha de Santiago (Cabo Verde), cruzou o Atlântico com seus três companheiros a bordo do Jahú, que pousou triunfante às 17:00 H na enseada norte de Fernando de Noronha.

Seguiu após alguns dias para Cabo Verde onde, devido a desentendimentos, dispensou o co-piloto Arthur Cunha.

Monumento a João Ribeiro de Barros em Jaú SP.

Quando se preparava para fazer a travessia contraiu malária e teve que esperar mais um tempo, além de ter que remontar e consertar todo o avião. Recebeu um telegrama do governo brasileiro ordenando que desistisse de sua tentativa de cruzar o Atlântico. Deveria também desmontar a aeronave, encaixota-la e embarcar a mesma em um navio que seguisse para o Brasil.

Indignado com este fato, e até porque não recebera nenhuma espécie de auxílio estatal para realizar sua empreitada.

Seu irmão, Osório Ribeiro, viaja até Cabo Verde acompanhando o co-piloto substituto contratado por ele, o oficial da força pública de São Paulo, tenente João Negrão.

Ao encontrar-se com o irmão e vendo o péssimo estado de saúde deste, após quatro crises de malária, Osório não contém a emoção, vai às lágrimas.



O comandante Nisbet do navio italiano Angelo Toso testemunhou a amerissagem do Jahu. Este comandante atestou que nos tanques da aeronave ainda restavam 250 litros de combustível.

Apesar de um dos motores apresentar problemas durante a viagem e enfrentar chuva, conseguiu estabelecer um recorde de velocidade que só foi batido alguns anos depois.

Após essa etapa, foi pousando em cada uma das grandes cidades do litoral, (Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos e São Paulo), onde foi recebido com grandes festas e honras.



O avião foi restaurado pela empresa Helipark (de Carapicuíba – SP) e hoje está exposto no Museu Asas de um Sonho em São Carlos - SP. Trata-se da única aeronave transatlântica da época que ainda existe e está com sua configuração original.

Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo (no livro No Caminho do Avião... Notas de Reportagem Aérea 1922-1933), o JAHÚ amerrisou no Rio Potengi, na cidade de Natal, no dia 14 de maio de 1927, completando sua travessia sobre o Oceano Atlântico. O escritor Ivan Jaf, também conta esta aventura em seu livro "Jahú sonho com Asas", voltado a literatura infantil. É uma boa dica para os atuais professores, resgatarem a História Nacional e seus vedadeiros heróis.

http://www.3gpdb.com/videoy.php?b=HARnJDkX1kK&jah-joo-ribeiro-de-barros


O monumento Heróis da Travessia do Atlântico, (estátua de Ícaro) construído em 1929 na beira da Represa Guarapiranga, extremo sul da capital, e transferido em 1987 para área nobre dos Jardins, está de volta ao seu lugar de origem.

A obra homenageia os aviadores italianos Francesco Di Pinedo e Carlo Del Prete, pioneiros na travessia do Atlântico Sul, e o brasileiro João Ribeiro de Barros, que fez a travessia em 1927 a bordo do hidroavião Jahú.



A volta da escultura, que passou por restauro de R$ 400 mil - era reivindicação dos moradores da região desde a década de 1990.

Fontes;

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ribeiro_de_Barros

http://www.3gpdb.com/videoy.php?b=HARnJDkX1kK&jah-joo-ribeiro-de-barros

http://www.travessa.com.br/JAHU_SONHO_COM_ASAS/artigo/77e9ab47-8bb5-4e78-bbca-fa675087e30c

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dcaro

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2010/11/mapas-das-localizacoes-do-monumento-aos.html

Obras do programa de recuperação de mananciais, encontram-se atrasadas

A Prefeitura de São Paulo iniciou, a demolição de mais um imóvel na orla da represa Guarapiranga que possibilitará a ampliação do Parque Praia de São Paulo, na Capela do Socorro, Zona Sul da Capital. O prefeito de São Paulo operou uma retroescavadeira para derrubar o muro que fazia divisa com o parque e, em outro equipamento, colocou abaixo parte do prédio construído no local. As intervenções fazem parte do Programa de Recuperação de mananciais da Orla da Guarapiranga, que vai possibilitar a ampliação do Parque.

Com a incorporação do terreno, que era usado pelo motel Roma, o parque aumentará para 25 mil m² sua área verde.

O terreno incorporado ao Parque Praia de São Paulo ficava na avenida Robert Kennedy, 3.540, e tinha 5 mil m².

O parque Praia de São Paulo passa a ter 25.000m² de área, mas foi criado para ter 170.000m². A Prefeitura diz já ter outros processos em andamento para a desapropriação, já que o mesmo imóvel desapropriado encontrava-se vizinho a outro motel que ainda está de pé.

Veja vídeo abaixo do lançamento do programa em 2008.


Entenda o PRM (Programa de Recuuperação de Mananciais)

Programa de Recuperação de Mananciais (PRM),é um conjunto de obras iniciadas em 2008, a serem executadas em áreas das bacias da Guarapiranga, Billings, Alto Tietê, Cantareira e Cotia, cinco dos principais mananciais da água consumida pelos moradores da Grande São Paulo. As obras anunciadas incluem a urbanização de favelas, ampliação de redes de esgoto e de abastecimento de água, pavimentação de ruas, drenagem e canalização de córregos, entre outras benfeitorias. O investimento total, que soma recursos das prefeituras de São Paulo, São Bernardo e Guarulhos, do governo estadual, da União e do Banco Mundial (Bird), chega a R$ 1,22 bilhão e deve ser concluído até 2011.

Em comparação ao Programa Guarapiranga, projeto anterior do governo de São Paulo para recuperar e proteger o manancial, realizado entre 1992 e 2000, as ações anunciadas têm quase o dobro de recursos previstos para cada ano de execução, uma média de R$ 217,2 milhões - enquanto o Programa Guarapiranga gastou em média R$ 125,6milhões por ano.

Como forma de acompanhar e monitorar esse conjunto de intervenções públicas nos mananciais de São Paulo, entidades da sociedade civil, como o ISA, Fundação Getúlio Vargas, CDHEP, Ministério Público, Fórum de Defesa da Vida, movimentos de moradia da região dos mananciais, entre outros, fundaram o Observatório de Recursos Públicos, que pretende monitorar algumas das obras previstas e concentrar informações de diferentes órgãos e instituições públicas envolvidos nos projetos.

Fontes;

http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/prefeitura-derruba-imovel-na-zona-sul-de-sao-paulo-20100503.html

http://nomotel.uol.com.br/sao-paulo/zona-sul/motel/motel-leao-de-prata

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nova lei de resíduos sólidos já está em vigor







Sancionada pelo presidente da República, e publicada em 02 de agosto de 2010 no Diário Oficial da União, a lei 12.305 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos no país.

Com 57 artigos, a lei 12.305/2010 fixa os parâmetros para que a sociedade e o Estado passem, finalmente, a dar o tratamento adequado ao lixo. De acordo com o texto, a nova lei especifica as diretrizes relacionadas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, inclusive, os perigosos, dispondo sobre as responsabilidades dos geradores e do poder público e os instrumentos econômicos aplicáveis nesse novo gerenciamento do lixo.

Assim, esta lei se aplica às pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.



Novos parâmetros na gestão do lixo

Desta forma, o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes devem implantar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida de todo produto. Por ciclo de vida do produto deve se entender a série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final do produto.

A nova lei institui a obrigatoriedade de se fazer a coleta seletiva, ou seja, a coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.

O sucesso desta nova prática depende de um conjunto de mecanismos e procedimentos que serão regulamentados posteriormente que possam garantir à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos.


Sustentabilidade e consumo

A lei passa a adotar os padrões sustentáveis de produção e consumo, ou seja, a produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras.

Essa produção sustentável se apóia no conceito de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Dessa forma, a lei estabelece um conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

Os 800 mil catadores de papel brasileiros são os principais responsáveis pela reciclagem feita hoje no país. Por iniciativa exclusiva dos municípios, apenas 3% dos resíduos sólidos produzidos no Brasil são reciclados(1). Os catadores ampliam esse índice para 12%. Por isso, são citados diversas vezes no texto da lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ainda não se sabe como será definida a participação das cooperativas de catadores na nova política para o lixo.

Segundo Marina Silva(ex Ministra do Meio Ambientee atual candidata a Presidência da República pelo partido verde), a Lei de Resíduos Sólidos agrega o aspecto econômico transformando o lixo em investimento para pequenos, médios e grandes investidores da indústria da reciclagem.

Marina Silva e seu vice Jorge Leal, presidente da Natura


A candidata disse ainda, que em seu programa de governo determina que os incentivos para investimentos nessa área sejam ampliados para que a reciclagem, o reuso e o tratamento do lixo sejam vistos como investimento e não como problema.

Uma coisa importante que a lei estabelece são os meios para que acabemos com os vergonhosos lixões existentes no país, onde mais de 25 mil crianças ainda vivem. Nós temos uma quantidade muito pequena de aterros sanitários. Somente 13% do lixo é tratado em aterros sanitários no nosso país, sendo que 60% vai para os lixões disse a candidata.



O texto legal pretende também criar regras para estimular a rotulagem ambiental dos produtos e o consumo sustentável.

Princípios

A política nacional de resíduos sólidos adota os seguintes princípios:

a) a prevenção e a precaução;

b) o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;

c) a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;

d) o desenvolvimento sustentável;

e) a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta;

f) a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade;

g) a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

h) o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

i) o respeito às diversidades locais e regionais;

j) o direito da sociedade à informação e ao controle social;

k) a razoabilidade e a proporcionalidade.

União, estados, cidades e distrito federal

A partir desta lei cabe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de resíduos, conforme estabelecido na lei 12.305/2010.

Os Estados devem promover a integração da organização, do planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos da lei complementar estadual prevista no § 3º do art. 25 da Constituição Federal;

Devem, ainda, controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a licenciamento ambiental pelo órgão estadual do Sisnama.

A atuação do Estado deve apoiar e priorizar as iniciativas do Município de soluções consorciadas ou compartilhadas entre 2 ou mais Municípios.



A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão e manterão, de forma conjunta, o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima.

Caberá aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios fornecer ao órgão federal responsável pela coordenação do Sinir todas as informações necessárias sobre os resíduos sob sua esfera de competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento.

Esta lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação específica.

Lei na integra
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm



Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos (ETRS) da Meia Serra foi iniciada no final da década de 80, com conclusão em 1991, sendo nessa altura o primeiro sistema integrado de tratamento e destino final de Resíduos Sólidos Urbanos de Portugal.

Fontes;
http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18§ion=Pol%EDtica&newsID=a2991814.htm

sábado, 24 de julho de 2010

Promessas, promessas,e promessas...

Vote para ampliar, vote para lotear o restante de Mata Nativa.

Ativistas do Greenpeace ligaram sirenes na Câmara dos Deputados para alertar os eleitores brasileiros que um grupo de políticos em fim de mandato quer usar as eleições como combustível para acabar com as florestas do país.

Campanha encabeçada pelo Greenpeace ("Não vote em quem mata florestas") busca mobilizar a sociedade a pressionar a Câmara dos Deputados a não aprovar as mudanças no novo Código Florestal, propostas no relatório final do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O texto foi aprovado por 13 votos a 5 em uma comissão especial criada na Câmara, no dia 6 de julho.



O substitutivo dispensa a exigência de reservas legais em propriedades de até quatro módulos fiscais e anistia produtores rurais que desmataram até julho de 2008. De acordo com o Greenpeace, o relatório dá muito poder aos estados, joga a conta da preservação para todos os brasileiros, e fará o governo abrir mão de R$ 8 bilhões em multas aplicadas entre 1998 e 2008 na Amazônia Legal.

"A proposta votada na comissão especial é o maior retrocesso que nossa lei de florestas já sofreu. Além de dar um sinal verde para mais destruição, com uma anistia ampla a quem desmatou ilegalmente e cometeu crimes ambientais nas últimas décadas, a proposta de mudança permite o uso político do Código Florestal na barganha da campanha eleitoral", diz Rafael Cruz, coordenador de campanha do Greenpeace.

Fonte:
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Ruralistas-rifam-florestas-por-eleicao/

Prefeitura e tribunal de Justiça eleitoral, permitem aos candidatos em São Paulo, sujar cidade durante campanha



A poluição visual banida pela Lei Cidade Limpa há três anos e meio volta à cidade de São Paulo nas próximas semanas com o início da propaganda de rua dos candidatos nas eleições deste ano.

A paisagem é um bem de usufruto coletivo. A Lei Cidade Limpa (Lei Municipal nº. 14.223/06) criou um paradigma no trato da paisagem de São Paulo ao proibir propaganda nos imóveis particulares. Hoje é possível instalar apenas anúncios indicativos, como nomes de lojas, e, mesmo assim, bem pequenos. Ao retirar outdoors e outras peças publicitárias gigantescas, a paisagem foi resgatada e a população passou a ver a cidade como ela é: surgiram edifícios interessantes, conjuntos arquitetônicos harmoniosos, enfim, uma cidade agradável e mais bem cuidada apareceu.



Será a primeira vez desde a entrada em vigor da lei, em janeiro de 2007, que a propaganda nas ruas da capital paulista -em cartazes e faixas- será veiculada em massa na cidade.

Nas eleições de 2008, questionamentos sobre a aplicação da lei levaram os candidatos a deixar de lado essa forma de propaganda.

Agora, decisões da Justiça Eleitoral e uma lei municipal de 2009 não deixam mais dúvidas de que as regras da Cidade Limpa não valem durante o período de campanha eleitoral.

Candidatos a deputado com base de eleitores na capital relataram que vão usar todas as formas de propaganda agora liberadas, como a pintura de muros e colocação de placas e banners em imóveis particulares.



A lei (Lei Municipal nº. 14.223/06)proíbe em seu artigo 18 toda e qualquer forma de publicidade exterior:

"Fica proibida, no âmbito do Município de São Paulo, a colocação de anúncio publicitário nos imóveis públicos e privados, edificados ou não.

Os anunciantes têm a opção, entretanto, de utilizar como alternativa itens do mobiliário público urbano, tais como abrigos de ônibus, relógios públicos e placas de rua, mediantecontrato com a prefeitura.

Quanto aos letreiros, a lei tornou obrigatório que fossem proporcionais ao tamanho das fachadas. Em imóveis grandes (com fachadas de 100 m ou mais), o letreiro não pode ser maior que 10 m²; nos médios (fachadas com entre 10 m e 100 m), o limite é de 4 m²; e nos pequenos (menos de 10 m de fachada), o limite é de 1,5 m².



Na verdade essa lei serviu como estratégia política, tornando obrigatória a adequação das fachadas por parte de seus proprietários das lojas comérciais de toda cidade de São Paulo. Isto trouxe a população,um setimento de que a prefeitura havia transformado a cidade em um curto espaço de tempo. Ledo engano, pois a lei inicial base, tratava justamente da sujeira que era colada em postes e muros, o chamado "Lambe Lambe" que até hoje é avistado em qualquer ponto da cidade sem a mínima fiscalização. E sem falar ainda da redução dos gatos em varrição de vias, que o prefeito ordenou no início deste ano, que ocasionaram o maior caos em enchetes na História da cidade.



Em vários países existe propaganda eleitoral em vias públicas, porém há delimitação muito clara dos poucos lugares onde pode ser instalada e em quantidade equivalente ao número de candidatos e seus partidos. Antevemos que assistiremos ao triste espetáculo da lei do mais forte a multiplicar a propaganda da sua candidatura aos quatro cantos, a competir pelos olhares dos eleitores. Há muitas formas de chegar ao eleitor e, certamente, emporcalhar a cidade não é a melhor delas.

Essa Lei Cidade Limpa faz lembrar um velho dito popular,

"faças o que eu mando, não faças o que eu faço.."

Fontes;

http://blogdofavre.ig.com.br/tag/propaganda/page/2/
http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/prefeitura-de-sp-admite-falhas-na-limpeza-urbana-20100114.html
http://www.jornaldosprefeitos.com.br/politica/textos.php?cod_texto=112739
http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=14184

Nada se cria, tudo se transforma...



O filme “2012 – Tempos de Mudança” é resultado de 500 horas de imagens, animação e mais de 200 entrevistas. O filme traz depoimentos contundentes de David Lynch, Sting, Ellen Page, Gilberto Gil e Terence McKenna, entre muitos outros, falando de suas experiências com meditação, ayahuasca, projetos sustentáveis, contracultura, expansão da consciência.



Misturando a sabedoria de culturas ancestrais com as possibilidades da tecnologia, o filme apresenta alternativas ecológicas - e muitas vezes surpreendentemente simples - para produzir energia, reciclar lixo, regenerar o solo, reaproveitar água, gerar alimentos mais saudáveis.




Serviço

2012 - Tempos de Mudança - (2012 - Time for Change)
Direção: João Amorim (Brasil)
Produção: Mangusta Productions em associação com Curious Pictures e PostModern Times
Duração: 85min.
Cine-Clube Socioambiental Crisantempo
Rua Fidalga, 521 - Vl. Madalena
CEP:05432-070
São Paulo - SP - Brasil
Telefone: (11) 3819 - 2287



Fonte
http://www.cineclubesocioambiental.org.br/home/

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A tecnologia leva ao conhecimento, a ganância à tragédia.



O desastre ambiental no Golfo do México com a British Petroleum tem mais consequências para o mundo prático que apenas a tristeza pelos animais e plantas que pereceram e perecerão enquanto o óleo continuar jorrando. Há um impacto que será sentido por todas as empresas exploradoras de petróleo do mundo (exceto, talvez, aquelas de regimes ditatoriais em que a opinião pública não pode opinar), que é o aumento do custo de produção de petróleo. O mundo exigirá das empresas, já hoje consideradas as grandes vilãs do aquecimento global, controles ambientais ainda mais rígidos, sob o risco de sofrerem boicotes em nível global, altamente danosos à sua reputação e ao futuro dos negócios.



Ainda que os autores do artigo não tenham se identificado, uma vez que as agências americanas e a British Petróleo, estão fazendo toda a pressão possível para que somente dados manipulados tornem-se públicos, vale muito à pena conhecer o ponto de vista apresentado pelo Dr. James P. Wickstrom, que, além de ser bastante coerente, apresenta um panorama totalmente novo – e infelizmente, bem mais aterrador – para o que já é o maior desastre causado pelo homem em toda nossa história conhecida.

Em síntese, eis o que realmente estaria acontecendo:

O petróleo jorra a uma pressão altíssima (70.000 psi) através da crosta terrestre e libera entre 80 e 100 mil barris por dia.

O fluxo de petróleo e gases tóxicos está liberando também rochas e areia, o que faz com que o fluxo cria um efeito de jato de areia no dispositivo que está na cabeça do poço, que efetivamente está aborsorvendo uma pequena parte do petróleo que está vazando.



À medida que a cabeça do poço se desgasta, graças ao constante jateamento de areia e pedras, um fluxo maior ainda é liberado. Mesmo que a BP seja capaz de colocar um sifão para escoar o petróleo como afirmam querer fazer, isso não será totalmente possível, pois a cabeça do poço está ficando mais larga à medida que a pressão causa a erosão das bordas e do dispositivo.

A tubulação da cabeça do poço tinha originalmente duas polegadas de diâmetro. Agora, ela pode ter menos de uma polegada e se desgasta ainda mais com o passar dos dias. O petróleo já alcançou a Corrente do Golfo e está penetrando na corrente oceânica, que é pelo menos quatro vezes mais forte que a Corrente do Golfo. Isso significa que todo esse petróleo pode alcançar todos os oceanos do planeta em apenas 18 meses.




O petróleo, juntamente com os gases, incluindo o benzeno e outras toxinas, está eliminando o oxigênio da água, o que está aniquilando todos os tipos de vidas oceânicas nas regiões afetadas. Além disso, há o petróleo que chega às costas, que causará danos ainda mais terríveis para os habitantes terrestres.

Com a situação atual exposta, chega o momento das expectativas:

Em algum momento, o buraco escavado na terra por baixo da cabeça do poço ficará tão grande e frágil, que a intensa pressão empurrará a cabeça do poço para cima, permitindo a total fuga do petróleo, sem restrição alguma.

O buraco continuará aumentando em tamanho e permitindo que mais e mais petróleo escape para o Golfo do México. Depois que forem liberados alguns bilhões de barris no mar, a pressão dentro do enorme buraco por baixo do solo oceânico começará a estabilizar.

Isso permitirá que a água, que está sob intensa pressão a 1600 metros de profundidade, penetre no buraco e na cavidade onde se encontrava o petróleo que foi liberado. A temperatura nessa profundidade é de aproximadamente 400 graus Celsius, possivelmente mais.



Nessa temperatura, a água se vaporizará e voltará à corrente, criando uma força colossal, que levantará o solo do Golfo. É difícil calcular a quantidade de água que se deslocará pela coluna e pela cavidade, não sendo então possível calcular exatamente o desnível que o solo marinho sofrerá.

De qualquer modo, o deslocamento criará um tsunami com ondas entre 6 e 24 metros. O solo marinho, agora revirado, cairá sobre a câmara – já sem óleo e sem água super pressurizada. Dessa forma, a natureza selará o buraco.

Mas isso é no mar… Dependendo da altura do tsunami, os restos do oceano, do petróleo e das estruturas existentes que serão arrastadas pelo interior da costa – um perímetro entre 80 e 300 quilômetros desaparecerá completamente. Mesmo que os escombros sejam retirados e toda a área atigida, limpa, os contaminantes que permanecerão no solo e na água tornarão a região impopulável por um número de anos ainda desconhecido.

Segue abaixo um vídeo da NASA, mostrando o avanço do vazamento. Vale lembrar que o vídeo cobre apenas o período de 20 de abril, data da explosão da Deepwater Horizon, até 24 de maio de 2010. De lá para cá, a sopa tóxica já se espalhou ainda mais..



Fonte;
http://www.insidernews.com.br/sem-categoria/o-desastre-no-golfo-do-mexico-e-a-petrobras

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A partir de 2018, São Paulo pode ter coleta de esgoto em todas as casas do Município


O prefeito de São Paulo participou, neste mês de junho com o governador Alberto Goldman, da cerimônia de assinatura do convênio e do contrato que estabelecem o compartilhamento de responsabilidades entre o Estado e o Município de São Paulo quanto à prestação dos serviços de saneamento básico na Capital e garantem à Sabesp a exclusividade na prestação de tais serviços pelos próximos 30 anos.


Os acordos, que contaram com a participação da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), prevêem investimentos de R$ 16,9 bilhões pela empresa concessionária, em obras de canalização e limpeza de córregos e na universalização dos serviços de saneamento básico. O objetivo principal dos ajustes é a universalização da distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto para todas as moradias da Capital.

A concessionária investirá na Cidade no mínimo 13% de sua receita bruta aqui obtida, líquida de Cofins e Pasep, em ações de saneamento ambiental de interesse da população paulistana. Assim, ao longo dos próximos 30 anos, deverão ser investidos cerca de R$ 16,9 bilhões em São Paulo.


Outro ponto importante para a população paulistana é que a Sabesp destinará 7,5% de sua receita bruta obtida na Capital, líquida de Cofins e Pasep, para o Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infra-Estrutura, que serão investidos pelo Município em serviços de regularização urbanística e fundiária de assentamentos precários, limpeza, despoluição e canalização de córregos, obras de drenagem, entre outros.


“A meta é, até 2018, coletar 100% do esgoto que a Cidade produz e fornecer água para todas as casas. Atualmente, tratamos aproximadamente 70% do total de esgoto produzido na Cidade. Esse contrato traz mais investimentos para São Paulo, nos permite planejar investimentos e dizimar o impasse de quem era a responsabilidade pela titularidade do saneamento básico”, disse o prefeito.


Sem água não existe vida, saúde ou desenvolvimento sustentável. Se a água for mal tratada e mal gerida, pode ser morte, doença e desigualdade social. E, a cada ano que passa, torna-se maior o complexo desafio para o homem tratar da questão da água em um cenário de industrialização, de urbanização e de mudanças climáticas.


Historicamente, temos tratado a água como um recurso inesgotável.


Embora vivamos em um planeta cuja superfície é ocupada por cerca de dois terços de água, esquecemos que apenas 0,09% dessa água pode ser aproveitada para consumo do homem. E há uma parte significativa que já foi poluída ou degradada pela ação humana.

O Brasil é favorecido com o maior volume de água doce do planeta. Entretanto, difundiu-se aqui, desde Pero Vaz de Caminha, a falsa ideia de abundância. É enganosa a ideia, uma vez que a distribuição é desigual e a maior parte da água está concentrada na bacia amazônica.


Como destino natural das águas de chuvas em um território, os rios, os lagos e os mares trazem em suas entranhas as marcas e os reflexos das atividades humanas. Os rios traduzem, assim, as virtudes e as mazelas de nossa relação com o meio ambiente. Viram o melhor indicador do gerenciamento e da consciência ambiental de uma sociedade. Sob essa perspectiva, há pouco a festejar e muita preocupação. Para se ter uma ideia, a maior parte do esgoto gerado nas cidades é despejado sem tratamento nos cursos d'água.


Fontes

http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v4/index.asp?c=1&e=20100624&p=1

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Abraço a Guarapiranga


Dia 30 de maio será o dia do Abraço à Guarapiranga, que ocorrerá em três locais: Parque da Barragem na Av. Robert Kennedy, em frente ao102 DP, Solo Sagrado em Parelheiros e Parque Ecológico do Guarapiranga no Jardim Ângela. O evento é promovido pela Rede de Olho nos Mananciais, formada por ONGs ambientalistas, movimentos sociais, universidades, instituições religiosas e diversas organizações da sociedade civil e tem como objetivo a preservação das fontes de água de São Paulo.

Guarapiranga: Diversidade, clima e vida! é o tema do Abraço 2010. Foi uma forma de homenagear o ano Internacional da Biodiversidade ao mesmo tempo procura relacionar a questão local à preocupação global com as mudanças climáticas, por fim reafirma que em síntese a água, particularmente a Guarapiranga, é vida!

O Abraço Guarapiranga vem se consolidando como uma importante oportunidade para a população de São Paulo expressar seu carinho com a centenária represa, e ao mesmo tempo seu inconformismo e protesto pela situação de degradação dos mananciais exigindo mudanças que garantam a preservação das fontes de água da cidade.

Mais que um simples reservatório de água, a Guarapiranga é uma importante referência nos esportes náuticos, no Brasil e no exterior. Está no imaginário da população como a “praia dos paulistanos”, o que reforça a sua vocação como espaço de convivência e lazer e a necessidade de mobilizar esforços para a sua preservação.

É uma boa oportunidade de cobrar os programas de recuperação de manancias, com verba estimada em mais de R$ 1.200.000.000,00 lançado em 2007 no extremo sul da cidade de São Paulo pelo poder público atual.



Programação do Abraço 2010

Robert Kennedy (Região de Capela do Socorro)

Local: Parque da Barragem – Av. Robert Kennedy, altura do número 1.200 - esquina com João de Barro

9h30 - Oficinas ambientais, Maracatu Ilê Aláfia,Capoeira, plantio de mudas

10h30 - Passeio Ciclístico do Abraço à Guarapiranga

12h00 - Abraço simbólico à Guarapiranga

Jardim Ângela (Região de M’Boi Mirim)

8h00 - Caminhada da Paróquia Santos Mártires ao Parque Ecológico Guarapiranga - Rua Seringal Rio Verde, 41 - Jardim Ângela - Tel.: (11) 5833-2838

10h30 - Missa campal no Parque Ecológico Guarapiranga e plantio de mudas

12h00 - Abraço simbólico à Guarapiranga

Solo Sagrado (Região de Parelheiros)

8h00 - Mutirão de Limpeza

10h00 - Limpeza da orla

11h15 - Show musical

11h45 - Saudação do representante do Solo Sagrado

12h00 - Abraço simbólico à Guarapiranga

Após o Abraço haverá oficinas de horta orgânica e reciclagem, além de atividades culturais até às 16h.

Reciclagem de lixo, será obrigatória nas 31 subprefeituras de São Paulo



O Brasil não tem destino adequado para 67 mil toneladas diárias de lixo que são despejados em depósitos e lugares irregulares. “É um volume muito grande”, afirmou o diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho. Ele disse ainda que o problema é agravado pelas 20 mil toneladas diárias de resíduos domiciliares que não são sequer coletadas.

O lixo é considerado o principal causador de inundações e doenças nos centros urbanos, como se viu nas recentes enchentes ocorridas no Rio de Janeiro. “E não sendo coletadas, elas são também dispostas inadequadamente e acabam jogadas em terrenos baldios, rios e córregos d’água”.



SÃO PAULO

Depois de 20 anos, o sistema de coleta seletiva de lixo da Prefeitura de São Paulo consegue reciclar, em média, apenas 280 gramas por mês por habitante, o que significa que o paulistano só manda para a reciclagem peso correspondente a uma garrafa PET a cada seis dias. O total representa 1% de todo o lixo produzido na cidade.

A cidade de São Paulo produz mensalmente 293,9 mil toneladas de lixo, coletadas pelos consórcios Ecourbis e Loga Ambiental. Só 3.135 toneladas são recicladas - menos de 1% do lixo da capital.

A população de Porto Alegre, cujo programa de reciclagem é considerado modelo, consegue separar para reciclagem 1,3 quilo por mês por habitante - quase cinco vezes o índice de São Paulo. Em Estocolmo, na Suécia, referência mundial no processo de coleta seletiva, 25% do lixo é reciclado. Cada habitante da capital sueca recicla em média 12,4 quilos por mês - 44 vezes mais do que o paulistano.



"Faltam incentivo e investimento na organização das cooperativas e na capacitação de catadores para que o programa seja ampliado. Nessas duas décadas, a coleta seletiva ainda é algo a que só a classe média paulistana tem acesso. Os municípios precisam encarar a reciclagem como uma política pública fundamental para reduzir os riscos de enchentes e o espaço dos aterros", diz o advogado Fabio Pierdomenico, professor de Direito Ambiental e diretor da Limpurb entre 2002 e 2004.

Nos últimos três anos, os investimentos em coleta seletiva se mantiveram proporcionalmente estagnados. Em seu primeiro ano como prefeito, em 2006, Gilberto Kassab (DEM) aplicou 1,21% da verba empenhada para a coleta do lixo em reciclagem; em 2009 esse índice foi de 1,14%.




Enchentes causaram mais que estragos na cidade. Elas também aumentaram o índice de reprovação do prefeito Gilberto Kassab (DEM) de 27% para 34% em apenas três meses, segundo o Datafolha. Para tentar recuperar a popularidade, ele decidiu contra-atacar. Vai investir na publicidade do que vem sendo chamado pelo governo de mutirão da limpeza. Nos três primeiros meses deste ano, os dois maiores contratos assinados pela gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não foram nas áreas de Educação, Saúde ou Transporte, o “tripé” prioritário no Plano de Metas 2009-2012. Para divulgar a “São Paulo turística”, o governo chamou, por R$ 30 milhões, duas gigantes publicitárias, ambas com contratos milionários já assinados com a administração estadual de José Serra (PSDB).




Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) entregou a pasta de Serviços para o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes. Alexandre de Moraes passa a gerenciar serviços estratégicos. Transportes, coleta de lixo, varrição, iluminação e serviço funerário. Moraes comandará um orçamento de aproximadamente R$ 3 bilhões, sendo R$ 398 milhões da Secretaria de Transportes, R$ 989 milhões da SPTrans, R$ 454 milhões da CET, R$ 1 bilhão da Secretaria de Serviços e R$ 120 milhões do Serviço Funerário. Moraes é homem de total confiança do prefeito Kassab. Alexandre de Moraes tem uma polêmica no currículo. Como presidente da ex-Febem (hoje fundação Casa), em 2005, ele ignorou a legislação trabalhista para demitir, de uma só vez, 1.674 funcionários concursados da fundação.

A falta de investimentos em reciclagem nas diversas fases do sistema explica por que o processo não vai para a frente. De acordo com a política municipal do setor, criada por lei em 2003, deveriam ser construídas 31 centrais de triagem em todas as subprefeituras em 2007. As obras estavam previstas no novo contrato de coleta de lixo, que entrou em vigor em 2005. Um ano antes, já existiam 14 centrais. Hoje, passados seis anos, são 16.



Parte do lixo reciclável da capital paulista está indo para aterros sanitários comuns. O motivo é que as 16 cooperativas de catadores cadastradas pela Prefeitura para fazer a triagem de lixo estão saturadas e não conseguem receber o material separado pela população. Como resultado, nas últimas semanas, parte do lixo reciclável fica na rua e acaba sendo coletado pelos caminhões de lixo normais, indo parar nos aterros comuns.



Em março deste ano, uma decisão da 3.ª Vara da Fazenda Pública determinou que fossem instaladas centrais de triagem nas 31 subprefeituras até o fim deste ano. Atualmente, só existem 16 centrais na cidade, que funcionam a partir do trabalho de cooperativas de catadores cadastradas.

Prefeitura de São Paulo tem o prazo de um ano para implantar a coleta seletiva de lixo em toda a cidade. A ordem, dada em primeira instância, é do juiz Luis Fernando Camargo de Barros Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública.

A decisão judicial vai além: determina que a prefeitura dê todo apoio jurídico, administrativo e operacional para a formação de cooperativas de catadores, instale centrais de triagem de lixo regionalizadas e contrate as próprias cooperativas para fazer o serviço de coleta e reciclagem.

O governo vai recorrer da decisão e diz que a meta definida pela Justiça será alcançada até 2012.

fontes
http://blogdofavre.ig.com.br/tag/propaganda/
http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/10503?utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_campaign=Not%C3%ADcias+220410

sábado, 22 de maio de 2010

Um ìndio diplomata nas Aldeias de São Paulo




História da Aldeia

A Estrada da Curucutú se encontra 40 km ao sul da avenida Paulista. E são mesmo quarenta. Talvez até mais. Tomando-se um de nossos "bois metálicos", percorrem-se todos os quilômetros da via Marginal Pinheiros, toma-se, à frente, a avenida Robert Kennedy e, até que ela se acabe, segue-se nela então até outra avenida: avenida senador Teotônio Vilela.


Vencidos os seus mais de 10 km, o bravo e persistente aventureiro chegará finalmente à Estrada da Barragem. Correrá mais 2 km até, finalmente, a Estrada do Curucutú. Daí, então, são mais 5 km até a segunda das aldeias guarani da região, aldeia em que Marcos Tupã come e dorme, geralmente.

Nascido noutra localidade guarani, na Boracéia, em São Paulo, ele foi criado em Ubatuba, com o pai, que não era mas tornou-se um cacique. Um cacique é uma espécie de diplomata, mediando a relação da aldeia com o mundo exterior, defendendo os interesses da comunidade.

Em Ubatuba, Tupã, por pressões de seu pai, começou a preparar-se para a vida política. Estudou com os velhos da aldeia, até onde lhe foi possível. Circulava pelo litoral paulista. Queria aprender a ler e escrever. Alfabetizou-se na aldeia, com professores indígenas, mas "queria mais". Matriculou-se numa escola pública, escola normal, escola "de brancos". E aprendeu. Alfabetizou-se.



"Na época", ele conta, "não tinha escola pública, do Estado, em aldeia. O índio era um analfabeto. Pensava-se, como ainda pensam muitos, que o índio que aprende a ler, e escrever, deixa de ser índio".

Viajando por todo o país, visitando muitas comunidades, Tupã ia e vinha, entre a aldeia Boa Vista de Ubatuda e a aldeia Krukutu de Parelheiros. Krukutu tinha sido fundada por sua família: sua mãe, seu tio Manuel, seu avô.

Estamos em uma das três Terras Indígenas Guarani da cidade de São Paulo. A aldeia Krukutu e Tenondé Porá são as duas comunidades existentes no extremo sul de São Paulo, no bairro de Parelheiros, na região da represa Billings. A terceira T.I. fica no Pico do Jaraguá.



Nossa aldeia tem origem nas famílias que se fixaram na região de Parelheiros na década de 1950. Essa região sempre foi local de passagem para o nosso povo, os Guarani-Mbya que vinha da região das aldeias do Paraná e Rio Grande do Sul para o litoral. Nós nos fixamos nas tekoas, os lugares escolhidos pela facilidade do acesso à yvy marae'i, a Terra Sem Mal, que fica além mar. Nestes lugares é que se pode reproduzir o nhandereko, o modo de ser guarani.

Em 1955, a família do Sr. Nivaldo Martins da Silva Karai Roka Ju, liderados pela sua avó D. Vitalina, que primeiro se fixou na área que é hoje a aldeia vizinha Tenonde Porã ou da Barragem.

Eles vinham de Mangueirinha no Paraná e passaram algum tempo em Itariri, em Santos e Rio Silveira ( São Sebastião) e ainda retornaram por uma ano para o Paraná antes de irem morar na futura aldeia.

Chegaram ali depois do convite feito por um sitiante japonês chamado Kugo Igo. Ele tinha visto a família do seu Nivaldo na Ponte do Socorro, onde tentavam vender seu artesanato. O sitiante perguntou se eles não queriam ir para a terra que tinha. Os Guarani poderiam ficar morando lá e em troca ajudariam Igo na sua plantação de mandioquinha que era vendida no Ceasa. Um tempo depois, o sitiante resolveu ir para o Japão e deixou para o pai de seu Nivaldo, Eduardo Martins da Silva, o documento que passava a terra à eles.


Nessa época a região que é hoje a Aldeia Krukutu, era usada para caça e para extrair material para o artesanato e para nossas casas. Em 1975, Dorinha da Silva e seu filho Manoel Vera se fixaram na área. Manoel, ainda mora na aldeia e conta:

"Quando meu pai morreu, eu tinha 13 anos e tive que fazer uma casa para colocar a minha mãe. Aí que conheci um japonês aqui na Barragem, que era Iakusa Nakamora, a gente chamava ele de Sensei. Ele veio um dia aqui pescar e disse que já que tínhamos um passado aqui, eu podia ficar com o terreno. Aí ele me ofereceu esse pedaço de terra."

A primeira liderança da Aldeia Krukutu foi seu Manoel, quem o substituiu mais tarde foi o Sr. Nivaldo, posteriormente Ventura Papa, Marcos Tupã e agora Manoel Werá novamente.

Na década de 1970, mesmo com a posse da terra dada pelo Sr. Nakamura para a comunidade, nós sofremos uma série de agressões de grileiros. A regularização de nossa tekoa aconteceu em 1987, depois que os caciques Guarani do estado de São Paulo lutaram na justiça para terem suas terras reconhecidas. Quem representava a nossa aldeia, nesta época, era Manoel da Silva Werá.

A luta para oficializar nossas terras começou em 1979 e contou com o apoio do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Funai e governo do estado de São Paulo, gestão do governador Franco Montoro.

Em 1985, o Sr. Nivaldo, até então chefe da Tenondé Porã, veio morar aqui na Krukutu e com ele chegaram também novas famílias que vinham de Palmeirinha, no Paraná.



Com o crescimento acelerado e desordenado da região e a falta de espaço para manter o modo de vida tradicional guarani nos atuais 25,88ha, entramos no ano de 2001, juntos com as aldeias Tenonde Porã e Jaraguá, com o pedido de redemarcação de nossas áreas. Na atual área não conseguimos que nossas plantações sejam boas e não podemos mais extrair o que precisamos da mata e da terra que é pequena.

Sobre a redemarcação, o ultimo parecer da Funai no ano 2004, foi contrario a ampliação. O estudo pedindo a ampliação, segundo a fundação, estava incompleto. Em 2001 também a nossa Associação Guarani Nhe' ê Porã foi legalizada, também foi o ano que construímos a nossa atual Casa de Reza.



Cultura Guarani

Nós os Guaranis Mbya estamos em várias regiões da América do Sul. Há aldeias na Argentina, Paraguai e Bolívia. Estamos na região do litoral do Brasil, nos estados que vão do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo. Há também aldeias no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Somos no Brasil a maior etnia indígena,somando aproximadamente 35 mil Guaranis.

Acreditamos que o planeta foi feito por Nhanderu, o nosso deus. Ele fez muita coisa bonita; a mata, as aves, os animais, as águas, a terra em que plantamos, tudo o que criou foi para que usufruíssemos. Nhanderu também criou o Sol, e para nós, ele não é só uma simples estrela de luz própria, como é para os juruas. O Sol é um ser muito representativo para nós, porque foi ele quem criou o primeiro Guarani. É ele que ilumina a Terra e fornece a energia para que o planeta tenha essa energia positiva que dá a vida.

Somos um povo bastante religioso. No nosso dia a dia, o guarani está sempre em busca ou ligado a essa força espiritual de Nhanderu, do Sol. Todas as coisas que fazemos - nosso trabalho, as brincadeiras das crianças - são voltadas para essa busca.

Nosso calendário não é como o do jurua, ele é dividido em ara pyau, tempo novo e ara ymã, tempo velho. Essa divisão está ligada à trajetória que o Sol faz. O ara pyau para nós é o período de primavera e verão, quando o dia é mais longo e o sol faz uma caminhada maior, e o ara ymã é no outono e inverno, no período de frio, nesta época em que o dia é mais curto.

Todos os dias nós nos encontramos na Opy, a Casa de Reza, para cantarmos e dançarmos, para rezar a Nhanderu e os mais velhos ensinam as crianças o nosso conhecimento ancestral. Na aldeia nossa principal liderança é o xeramoi, o nome do pajé Guarani. Aprendemos, no nosso cotidiano, a importância de todos os seres e que cada elemento da natureza tem um espírito. O Guarani acredita muito nesses seres porque são eles que dão a vida para nós. Nos manda a chuva, a água e tudo que precisamos para nos manter vivos. Desta forma, estamos muito ligados à natureza. Se este ambiente acabar o Guarani ficará sem estrutura, então lutamos para manter tudo isso que Nhanderu criou.

Hoje, nós Guarani Mbya, buscamos parceiros para defendermos nossos espaços, que mesmo demarcados, sofrem algum tipo de pressão. Parceiros que possam nos ajudar em mantermos tudo que foi nos deixado de bom. O jurua está acabando com o planeta Terra e nós estamos preocupados com isso.




Marcos Tupã da aldeia Krukutu



Fontes
http://www.culturaguarani.org.br/homebr.html
http://br.noticias.yahoo.com/especiais/id_tupa

terça-feira, 18 de maio de 2010

"Cidade de São Paulo ainda recicla apenas 1% de todo o lixo"



O programa municipal de coleta seletiva de São Paulo ainda deixa muito a desejar. É positivo que tenha passado de um sistema caro, insustentável, no início dos anos 1990, para um programa realista, baseado na inserção dos tradicionais coletores de materiais recicláveis - os catadores - de forma cooperativada.

Ocorre que, na prática, a coisa não funciona tão bem. Após sete anos, o programa da maior cidade do País ainda é inexpressivo, reciclando menos de 1% do lixo. O número de cooperativas conveniadas está muito aquém do necessário, deixando grande parte da cidade sem atendimento. E o município ainda gasta milhões com isso. Onde está o erro?

Depois de 20 anos, o sistema de coleta seletiva de lixo da Prefeitura consegue reciclar, em média, apenas 280 gramas por mês por habitante, o que significa que o paulistano só manda para a reciclagem peso correspondente a uma garrafa PET a cada seis dias. O total representa 1% de todo o lixo produzido na cidade.

A população de Porto Alegre, cujo programa de reciclagem é considerado modelo, consegue separar para reciclagem 1,3 quilo por mês por habitante - quase cinco vezes o índice de São Paulo. Em Estocolmo, na Suécia, referência mundial no processo de coleta seletiva, 25% do lixo é reciclado. Cada habitante da capital sueca recicla em média 12,4 quilos por mês - 44 vezes mais do que o paulistano.

"Faltam incentivo e investimento na organização das cooperativas e na capacitação de catadores para que o programa seja ampliado. Nessas duas décadas, a coleta seletiva ainda é algo a que só a classe média paulistana tem acesso. Os municípios precisam encarar a reciclagem como uma política pública fundamental para reduzir os riscos de enchentes e o espaço dos aterros", diz o advogado Fabio Pierdomenico, professor de Direito Ambiental e diretor da Limpurb entre 2002 e 2004.

Nos últimos três anos, os investimentos em coleta seletiva se mantiveram proporcionalmente estagnados. Em seu primeiro ano como prefeito, em 2006, Gilberto Kassab (DEM) aplicou 1,21% da verba empenhada para a coleta do lixo em reciclagem; em 2009 esse índice foi de 1,14%.

A falta de investimentos em reciclagem nas diversas fases do sistema explica por que o processo não vai para a frente. De acordo com a política municipal do setor, criada por lei em 2003, deveriam ser construídas 31 centrais de triagem em todas as subprefeituras em 2007. As obras estavam previstas no novo contrato de coleta de lixo, que entrou em vigor em 2005. Um ano antes, já existiam 14 centrais. Hoje, passados seis anos, são 16.



A coleta seletiva com a inserção de catadores é possível. E justa. Pode ser duradoura e sustentável. Mas só ser for encarada pelo governo como um serviço público indispensável, dentro de uma política de gestão integrada de resíduos. Como ampliar a coleta e estender o serviço? As soluções são simples. Descentralizem a gestão, colocando em prática o que está proposto nos planos: pelo menos uma Central de Triagem por subprefeitura.

O gargalo também ocorre na coleta seletiva nas ruas. Dos 292 caminhões contratados para recolher o lixo na capital, só 20 são destinados ao reciclável (7%).

Estagnação

A cidade de São Paulo produz mensalmente 293,9 mil toneladas de lixo, coletadas pelos consórcios Ecourbis e Loga Ambiental. Só 3.135 toneladas são recicladas - menos de 1% do lixo da capital.

Em São Paulo, o lixo reciclado é separado nas centrais de triagens pelas cooperativas de catadores associadas à Prefeitura, que vendem o material para as empresas. O ganho mensal médio de um cooperado conveniado é de R$ 700. Como são poucas as centrais de triagem, existem mais duas alternativas aos carroceiros: Atuar em uma cooperativa não conveniada ou fazer o serviço de forma autônoma. Segundo o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, há 94 grupos organizados na capital paulista, entre associações e cooperativas. Dessas, apenas 16 são conveniadas.

O catador José Carlos dos Santos, de 55 anos, sobrevive do material reciclável arrecadado em caçambas e edifícios que ainda não aderiram à coleta oficial de porta em porta nas ruas de Perdizes, na zona oeste. Após um dia de trabalho, ele chega a carregar 300 quilos em seu carrinho. Vende tudo a um ferro-velho e ganha cerca de R$ 800 por mês. Catador autônomo desde que chegou, nunca quis entrar em uma cooperativa.

Sem convênio. A Cooperglicério, onde Gilson trabalha com outros 40 catadores, também não é conveniada. Sua área, embaixo do viaduto de ligação com a Radial Leste, é cedida pela Prefeitura, mas todos os outros gastos são rateados entre cooperados, que têm apoio de empresas.

Os lucros são divididos e, após cinco anos, a cooperativa vai comprar sua primeira prensa. Hoje, o único equipamento que auxilia o trabalho é uma balança emprestada. "Protocolamos vários ofícios para tentar nos credenciar na Prefeitura. Por mais preparado que a gente esteja, eles criam obstáculos", diz Romeu Sérgio Bueno, de 55 anos, presidente da cooperativa. Para ele, é "absurdo" o carrinho ainda ser usado. "Puxamos porque precisamos, não porque gostamos. É desumano, não temos estrutura óssea para isso."


O lixo é um dos mais graves problemas ambientais que afetam o planeta terra, ameaçando todos os ecossistema existentes. O alto crescimento demográfico juntamente com o consumo exarcebado da população, especialmente nos países ricos, acarretou uma demanda imensurável na produção de lixo que afeta inclusive os oceanos. A produção de lixo urbano de toda a espécie produzido no planeta somam milhares de toneladas diariamente, grande parte sem destino certo. A reciclagem do lixo aparece já há algumas décadas como uma das melhores soluções para resolver parte desse problema, ou ao menos diminuir consideravelmente o volume do lixo.



Como o Lixo Domestico Vira Beneficio Reciclar significa repetir um ciclo. E para compreendermos a importância da reciclagem, temos de transformar o conceito de lixo.
O lixo, quando descartado de forma correta, se transforma em matéria-prima. A reciclagem surgiu como uma maneira de inserir no sistema uma parte da matéria que se tornaria lixo e, consequentemente, contribuiria para a poluição do planeta. Quando coletados, são separados e processados para serem utilizados como matéria-prima na manufatura de outros materiais, os quais eram feitos anteriormente com matéria prima virgem.
Reciclar contribui para a redução da poluição do solo, da água e do ar, melhora qualidade de vida da população e contribui para manter a cidade limpa, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, gera empregos, entre outras vantagens.
Praticamente, todos os materiais podem ser reciclados. Só para se ter uma ideia aqui estão alguns exemplos de lixos domésticos que, com a reciclagem, se transformam em novos materiais.
O aço, por exemplo, é 100% reciclável, se descartado no meio ambiente, se reintegra à natureza em cinco anos. De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), as latas recicladas são transformadas em novas latas, com grande economia de matéria-prima e energia elétrica.
A cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar uma tonelada de alumínio, gasta-se 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, neste caso a reciclagem proporciona uma economia de 95% de energia elétrica.
Com garrafas pet podem ser produzidos diversos materiais como estofamentos, carpetes, enchimento para sofás, cadeiras, travesseiros, cobertores, tapetes, cortinas, lonas para toldos e barracas, roupas esportivas, entre tantos outros materiais.
Já os plásticos são materiais, que como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio ambiente e podem poluir de forma considerável. Geram uma infinidade de materiais como novos materiais de vidro, cabos de panela, sacolas, baldes, cabides, entre outros.

O que pode e o que não pode ser Reciclado?

São inúmeros os produtos que podem ser reciclados, assim como os que não podem, aqui vamos apresentar os mais comuns em nosso meio. Podem ser reciclados: folhas de cadernos, revistas, jornais, caixas de papelão em geral, folhas de computador, rascunhos, envelopes, fotocópias, cartazes, latas de óleo, de leite, latas de refrigerantes, cervejas, parafusos, pregos, arames, ferro, bronze e chumbo, garrafas, copos e frascos de vidro, embalagens de margarina, garrafas pet, tubos e cabos, sacos plásticos, copinhos plásticos, embalagens de agrotóxicos vazias, isopor e pneus. Não podem ser reciclados: papel higiênico e outros papéis sanitários, papéis plastificados, parafinados e metalizados, guardanapos usados, papéis sujos, fita crepe, papel carbono, etiquetas adesivas, fotografias, tocos de cigarro, esponjas de aço, grampos de cabelo, clipes, tubos de TV, porcelanas, cerâmicas, lâmpadas, vidros planos, espelhos, tomadas, cabos de panelas, pratos plásticos, embalagens de bolachas, couro e sapatos, roupas e trapos de pano, baterias de telefone celular e pilhas.

Maior capital do Brasil não consegue atender a demanda de ciclistas



Apesar de o número de viagens diárias feitas em bicicleta na cidade de São Paulo já superar, desde 2007, a quantidade de viagens de táxis, o ciclista paulistano ainda enfrenta a falta de infraestrutura para o seu deslocamento. Em todo o município são apenas 35,5 quilômetros de ciclovias. Na região de maior trânsito da cidade, dentro do limite das marginais, com raras exceções não há lugares seguros para os ciclistas circularem.

A falta de espaço nas ruas da cidade é a grande vilã, apontada por representantes da prefeitura do município. "É uma dificuldade física encontrar um espaço que seja para ciclovia, que não atrapalhe as outras modalidades de trânsito. Que não tire tanto espaço dos outros módulos e que não atrapalhe o pedestre", diz André Goldman, representante do gabinete da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Contrariando as justificativas das autoridades, Eric Ferreira, ex-diretor da organização não governamental The Institute for Transportation and Development Policy (ITDP) e elaborador de um plano cicloviário para a cidade de São Paulo em 2006 (que não foi colocado em prática) afirma que as poucas vias destinadas às bicicletas na cidade são resultado de uma má administração dos espaços e da submissão da política municipal à supremacia dos carros. Para ele, por exemplo, o lugar utilizado pelos carros estacionados nas ruas, mesmo nas áreas mais movimentadas da cidade, poderia ser utilizado como faixa de ciclistas ou de ônibus.



"Qual a diferença que tem de você pegar o seu sofá agora e botar lá onde o carro está? Se você ocupar aquele espaço com o seu sofá, tem diferença? Aí a polícia vai tirar você de lá. Para quê? Para o carro ficar parado. O espaço está lá. Falta coragem de administrar aquele espaço. Se não há essa coragem, não vai achar espaço. Isso serviria para as ciclovias", afirma Eric, hoje professor da Universidade Federal Rural do Semiárido em Mossoró (RN).

O ciclista paulista Felipe Aragonez apóia a implementação de mais ciclovias na cidade, mas não as vê como única solução. "Você não tem como botar ciclovia na cidade inteira. O ideal é um planejamento cicloviário, com ciclofaixas, e educar os motoristas".



Número de ciclistas continua crescendo

Apesar de encontrar um cenário totalmente desfavorável, o número de deslocamentos diários de bicicletas tem aumentando fortemente na maior capital do Brasil. Em 1997, o número de deslocamentos feitos por bicicleta equivalia a apenas 54% (54 mil viagens diárias) do número de viagens diárias de táxis (91 mil). Nos dez anos seguintes, esse número saltou. Em 2007 já passava a ser 87% (148 mil) superior aos deslocamentos de táxis (79 mil).

Em números absolutos de viagens diárias, a bicicleta foi o segundo modo de transporte que mais cresceu de 1997 a 2007 na cidade: passou de 54 mil viagens por dia para 148 mil, um aumento de 174%. O primeiro modo, com maior crescimento, foi o transporte por moto, que aumentou 294% (de 99 mil viagens diárias em 1997 para 391 mil em 2007).

Os dados são da pesquisa Origem Destino, realizada pelo Metrô de São Paulo, divulgada em 2008. Os deslocamentos de bicicleta considerados não levam em conta aqueles feitos para a prática de esporte e lazer.



Lembrando ainda que a bicicleta além de aliar sáude, lazer e bem estar, não deixa de ser um veículo a propulsão humana, que se encontra inserido no código brasileiro de trânsito. Portanto passe a respeitar, para não sofrer a penalidades previstas em lei.

A Bicicleta no novo Código de Trânsito Brasileiro

Art. 39 - Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros o condutor deverá:

Parágrafo único - Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista na qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.

Art. 59 - Nas vias urbanas e rurais de pista dupla, a circulação de deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos das pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado pela via, com preferência sobre os veículos automotores.

Art. 60 - Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas em passeios.

Art. 69 - É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.

$1º - O ciclista desmontado empurrando a bicicleta se equipara ao pedestre em direito e deveres.

Art. 106 - São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecido pelo Contran:

VIII - Para bicicletas e ciclomotores, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.

$3º - Os fabricantes, os importadores, os montadores, os encarroçadores de veículos e os revendedores devem comercializar os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais estabelecidos pelo Contran.

http://calangobikers.wordpress.com/2008/11/18/a-bike-no-codigo-de-transito-brasileiro/