quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Heróis existem. Primeira travessia do Atlântico feito por aeronave






João Ribeiro de Barros (Jaú, 4 de abril de 1900 — Jaú, 20 de julho de 1947) foi um aviador brasileiro. Com seus companheiros foi pioneiro na travessia aérea do Atlântico Sul, no dia 28 de abril de 1927, partindo de Gênova, em Itália, até Santo Amaro represa do Guarapiranga(São Paulo), fazendo escalas em Espanha, Gibraltar, Cabo Verde, e Fernando de Noronha, já em território brasileiro. a bordo do hidroavião Jahú.

Pediu auxílio ao governo brasileiro o que lhe foi negado. Nesta época existia uma disputa não declarada entre vários países pela supremacia nos ares. França, Inglaterra, EUA, Alemanha, entre outros empenhavam-se em vôos transoceânicos. Já que o sucesso destes empreendimentos era duvidoso e como o Brasil não desejava indispor-se com as potências da época, João Ribeiro de Barros não conseguiu ajuda oficial.



Com os próprios recursos e sem nenhuma ajuda governamental, João Ribeiro de Barros adquiriu na Itália uma aeronave Savoia-Marchetti S.55 avariada e promoveu, com Vasco Cinquini, diversas reformas na mesma, melhorando assim a sua velocidade e autonomia. Tais reformas foram tão positivas para o desempenho do hidroavião que impressionaram os italianos.

Sofreu sabotagens, chantagens de companheiros, o desdém do presidente Washington Luís, mas perseverou, e às 4:30 H da manhã no dia 28 de abril de 1927, partindo de Praia na ilha de Santiago (Cabo Verde), cruzou o Atlântico com seus três companheiros a bordo do Jahú, que pousou triunfante às 17:00 H na enseada norte de Fernando de Noronha.

Seguiu após alguns dias para Cabo Verde onde, devido a desentendimentos, dispensou o co-piloto Arthur Cunha.

Monumento a João Ribeiro de Barros em Jaú SP.

Quando se preparava para fazer a travessia contraiu malária e teve que esperar mais um tempo, além de ter que remontar e consertar todo o avião. Recebeu um telegrama do governo brasileiro ordenando que desistisse de sua tentativa de cruzar o Atlântico. Deveria também desmontar a aeronave, encaixota-la e embarcar a mesma em um navio que seguisse para o Brasil.

Indignado com este fato, e até porque não recebera nenhuma espécie de auxílio estatal para realizar sua empreitada.

Seu irmão, Osório Ribeiro, viaja até Cabo Verde acompanhando o co-piloto substituto contratado por ele, o oficial da força pública de São Paulo, tenente João Negrão.

Ao encontrar-se com o irmão e vendo o péssimo estado de saúde deste, após quatro crises de malária, Osório não contém a emoção, vai às lágrimas.



O comandante Nisbet do navio italiano Angelo Toso testemunhou a amerissagem do Jahu. Este comandante atestou que nos tanques da aeronave ainda restavam 250 litros de combustível.

Apesar de um dos motores apresentar problemas durante a viagem e enfrentar chuva, conseguiu estabelecer um recorde de velocidade que só foi batido alguns anos depois.

Após essa etapa, foi pousando em cada uma das grandes cidades do litoral, (Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos e São Paulo), onde foi recebido com grandes festas e honras.



O avião foi restaurado pela empresa Helipark (de Carapicuíba – SP) e hoje está exposto no Museu Asas de um Sonho em São Carlos - SP. Trata-se da única aeronave transatlântica da época que ainda existe e está com sua configuração original.

Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo (no livro No Caminho do Avião... Notas de Reportagem Aérea 1922-1933), o JAHÚ amerrisou no Rio Potengi, na cidade de Natal, no dia 14 de maio de 1927, completando sua travessia sobre o Oceano Atlântico. O escritor Ivan Jaf, também conta esta aventura em seu livro "Jahú sonho com Asas", voltado a literatura infantil. É uma boa dica para os atuais professores, resgatarem a História Nacional e seus vedadeiros heróis.

http://www.3gpdb.com/videoy.php?b=HARnJDkX1kK&jah-joo-ribeiro-de-barros


O monumento Heróis da Travessia do Atlântico, (estátua de Ícaro) construído em 1929 na beira da Represa Guarapiranga, extremo sul da capital, e transferido em 1987 para área nobre dos Jardins, está de volta ao seu lugar de origem.

A obra homenageia os aviadores italianos Francesco Di Pinedo e Carlo Del Prete, pioneiros na travessia do Atlântico Sul, e o brasileiro João Ribeiro de Barros, que fez a travessia em 1927 a bordo do hidroavião Jahú.



A volta da escultura, que passou por restauro de R$ 400 mil - era reivindicação dos moradores da região desde a década de 1990.

Fontes;

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ribeiro_de_Barros

http://www.3gpdb.com/videoy.php?b=HARnJDkX1kK&jah-joo-ribeiro-de-barros

http://www.travessa.com.br/JAHU_SONHO_COM_ASAS/artigo/77e9ab47-8bb5-4e78-bbca-fa675087e30c

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dcaro

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2010/11/mapas-das-localizacoes-do-monumento-aos.html

Obras do programa de recuperação de mananciais, encontram-se atrasadas

A Prefeitura de São Paulo iniciou, a demolição de mais um imóvel na orla da represa Guarapiranga que possibilitará a ampliação do Parque Praia de São Paulo, na Capela do Socorro, Zona Sul da Capital. O prefeito de São Paulo operou uma retroescavadeira para derrubar o muro que fazia divisa com o parque e, em outro equipamento, colocou abaixo parte do prédio construído no local. As intervenções fazem parte do Programa de Recuperação de mananciais da Orla da Guarapiranga, que vai possibilitar a ampliação do Parque.

Com a incorporação do terreno, que era usado pelo motel Roma, o parque aumentará para 25 mil m² sua área verde.

O terreno incorporado ao Parque Praia de São Paulo ficava na avenida Robert Kennedy, 3.540, e tinha 5 mil m².

O parque Praia de São Paulo passa a ter 25.000m² de área, mas foi criado para ter 170.000m². A Prefeitura diz já ter outros processos em andamento para a desapropriação, já que o mesmo imóvel desapropriado encontrava-se vizinho a outro motel que ainda está de pé.

Veja vídeo abaixo do lançamento do programa em 2008.


Entenda o PRM (Programa de Recuuperação de Mananciais)

Programa de Recuperação de Mananciais (PRM),é um conjunto de obras iniciadas em 2008, a serem executadas em áreas das bacias da Guarapiranga, Billings, Alto Tietê, Cantareira e Cotia, cinco dos principais mananciais da água consumida pelos moradores da Grande São Paulo. As obras anunciadas incluem a urbanização de favelas, ampliação de redes de esgoto e de abastecimento de água, pavimentação de ruas, drenagem e canalização de córregos, entre outras benfeitorias. O investimento total, que soma recursos das prefeituras de São Paulo, São Bernardo e Guarulhos, do governo estadual, da União e do Banco Mundial (Bird), chega a R$ 1,22 bilhão e deve ser concluído até 2011.

Em comparação ao Programa Guarapiranga, projeto anterior do governo de São Paulo para recuperar e proteger o manancial, realizado entre 1992 e 2000, as ações anunciadas têm quase o dobro de recursos previstos para cada ano de execução, uma média de R$ 217,2 milhões - enquanto o Programa Guarapiranga gastou em média R$ 125,6milhões por ano.

Como forma de acompanhar e monitorar esse conjunto de intervenções públicas nos mananciais de São Paulo, entidades da sociedade civil, como o ISA, Fundação Getúlio Vargas, CDHEP, Ministério Público, Fórum de Defesa da Vida, movimentos de moradia da região dos mananciais, entre outros, fundaram o Observatório de Recursos Públicos, que pretende monitorar algumas das obras previstas e concentrar informações de diferentes órgãos e instituições públicas envolvidos nos projetos.

Fontes;

http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/prefeitura-derruba-imovel-na-zona-sul-de-sao-paulo-20100503.html

http://nomotel.uol.com.br/sao-paulo/zona-sul/motel/motel-leao-de-prata