terça-feira, 8 de novembro de 2011

Enquanto os homens exercem seus podres poderes..



De nada adiantou as reivindicações. O desmatamento no Brasil agora não só é realidade explícita, como também é legal.

O texto do substitutivo que propõe mudanças ao Código Florestal foi aprovado nas comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura e Reforma Agrária do Senado nesta terça, 8 de novembro. Os placares das votações foram 12 a 1 na CCT e 15 a 0 na CRA. O único voto contrário foi o da senadora Marinor Brito (Psol-PA), que ainda tentou, sem sucesso, um pedido de vistas da matéria, uma vez que o texto sofreu alterações em relação à última reunião.

Além da aprovação de um texto que anistia crimes ambientais e tem o potencial de provocar novos desmatamentos, os presentes assistiram a cenas de barbárie e truculência nos corredores do Senado. Dezenas de estudantes e representantes do movimento social, que haviam sido impedidos de entrar no local da seção e que protestavam de forma pacífica no corredor, foram espancados por integrantes da Polícia do Senado e também por um segurança particular não identificado.

De acordo com a senadora Marinor Brito, o debate sobre as mudanças no Código Florestal não têm conseguido esclarecer para a população as reais implicações que a aprovação da atual proposta causaria. "O grande agronegócio tem conseguido impor seus interesses à sociedade brasileira. A aprovação do texto no Senado reflete uma política ambiental do governo de cumprir acordos feitos com os ruralistas", lamentou.



De acordo com Kenzo Jucá, analista de Políticas Públicas do WWF-Brasil, tanto a votação do texto nas comissões, sem a análise de emendas e destaques, bem como a truculência da Polícia do Senado contra estudantes que protestavam de forma pacífica, refletem a postura arbitrária com que o Código Florestal tem sido discutido. "As mudanças propostas por cientistas, pesquisadores, estudantes, agricultores familiares e pelo movimento social têm sido sistematicamente ignoradas, tanto na Câmara quanto no Senado. E quando a sociedade protesta, acontece a barbárie que presenciamos nesta terça-feira no Senado", criticou o representante do WWF-Brasil.

O relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP, atual ministro dos esportes) representa grave ameaça às florestas e à própria agropecuária brasileiras.

Uma nova metodologia permite entender o que ocorreu com os 18% do que foi desmatado em toda Amazônia. A área de estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), abrange os nove estados da Amazônia Legal e analisa os dados do desmatamento entre os anos de 2007 e 2008.

O estudo refina dados já conhecidos, como a ocupação das pastagens dentro das áreas desmatadas. Até 2008, a floresta perdeu por desmatamento o total de 719. 210 km² (uma área quase três vezes o tamanho do estado de São Paulo).



Neste ano o Pará foi responsável por quase um terço do desmatamento da Amazônia registrado em agosto. Dos 164 quilômetros quadrados (km²) de floresta derrubados no período, 52,8 km² estavam no estado, de acordo com os números divulgados hoje (3) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Mato Grosso e Rondônia aparecem em seguida, com 47,8 km² e 22,92 km² de floresta derrubados em agosto, respectivamente. O Inpe também registrou 21,7 km² de novos desmatamentos no Amazonas, 10,8 km² em Roraima e 5,2 km² no Acre. Em Tocantins, foi desmatado no período a área de 1,88 km² e no Maranhão, 0,49 km².

O Pará tem liderado o ranking mensal de desmatamento desde junho, segundo dados do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter). De janeiro a agosto de 2011, o estado acumula 399 km² de novas áreas desmatadas, e só fica atrás de Mato Grosso, que soma 769 km² por causa de um pico da devastação em abril, que levou o governo a instalar um gabinete de crise e reforçar as operações de fiscalização na região.


Votação

Os seguintes senadores, da Comissão de Ciência e Tecnologia, votaram a favor do texto apresentado pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator da matéria: Ângela Portela (PT-RR), Aníbal Diniz (PT-AC), Antônio Carlos Valadares (PMDB-SE), Ciro Nogueira (PP-PI), Cyro Miranda (PSDB-GO), Eunício Oliveira (PMDB-PE), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Sérgio Souza, Valdir Raupp (PMDB-RO) e Walter Pinheiro (PT-BA). Apenas Marinor Brito (Psol-PA) votou contra.

Na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, todos os 15 integrantes presentes votaram a favor do texto do relator: Ana Amélia (PP-RS), Ângela Portela (PT-RR), Antônio Russo (PR-MS), Benedito de Lira (PP-AL), Blairo Maggi (PR-MT), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Cyro Miranda (PSDB-GO), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Jaime Campos (DEM-MT), Reditário Cassol (PP-RO), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Sérgio Souza (PMDB-PR), Valdir Raupp (PMDB-RO), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Walter Pinheiro (PT-BA).



Perde o Brasil, ganha os barões do agronegócio. Mas no fim, todos perderão.


Fontes;

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/10/03/para-foi-campeao-de-desmatamento-em-agosto.jhtm
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/amazonia-desmatamento-pasto-pecuaria-agricultura-638774.shtml

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A natureza também tem seu homem bomba..



O lixo é responsável por um dos mais graves problemas ambientais de nosso tempo. Seu volume é excessivo e vem aumentando progressivamente, principalmente nos grandes centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes, como os 14 milhões de quilos coletados diariamente na Cidade de São Paulo.

Todos temos ouvido falar muito que o lixo é um problema. Mas ao cidadão comum parece o problema do lixo só existe quando há interrupção na coleta do lixo e os lixeiros deixam de passar na sua porta. É de arrepiar, não é verdade? Sacos e sacos amontoando-se nas calçadas, exalando mau cheiro, atraindo insetos e outros animais. Em resumo: poluindo e sujando a porta da sua casa.

O que é preciso entender é que, mesmo quando o lixo é recolhido pelos lixeiros, ele não desaparece, apenas é levado para outro lugar. E é preciso muito cuidado para que ele não cause os problemas que estava causando na porta de sua casa em outro lugar. Afinal, a cidade também é nossa casa, assim como o país, o continente e ... o Planeta.



Uma das possibilidades para reduzir o problema do lixo é a separação do lixo que produzimos dentro de casa, que consiste na segregação de tudo o que pode ser reaproveitado, como papéis, latas, vidro, plástico, entre outros - enviando-se esse material para reciclagem. O encaminhamento destes materiais, não só contribui para a redução da poluição causada pelo lixo, como também proporciona economia de recursos naturais - como matérias-primas, água e energia - e, em alguns casos, pode representar a obtenção de recursos, advindos da comercialização do material.

Até a metade do século 20 o lixo não significava um problema. A maior parte dele era formada por materiais orgânicos, como restos de frutas e verduras, assim como de animais, e tudo isso é degradável pela ação da natureza. O lixo era menor e facilmente transformado pelo próprio Meio Ambiente em nutrientes para o solo.
Muitas pessoas tinham o hábito de ter em suas casas uma horta ou uma criação de galinhas e outros animais domésticos, a quem elas davam seus restos de comida. O que restava era enterrado, retornando ao solo. Portanto, tudo ia muito bem. O pouco que sobrava era recolhido e a natureza fazia sua parte.




Entretanto, com o passar dos anos, o modo de vida dos habitantes do planeta foi mudando. A maioria mudou-se das áreas rurais para as cidades. As cidades foram crescendo, reduzindo o espaço de moradia e o tempo disponível dos cidadãos. O resultado é que passou a fazer parte da vida cotidiana a compra de alimentos e outros produtos embalados, prontos para o consumo. Parecia que era a solução perfeita.Chegaram os supermercados, as comidas prontas, o leite longa vida, os vegetais já lavados.... ótimo! Mas tudo isso passou a significar também montanhas e montanhas de embalagens, sacos plásticos, caixas, isopor, sacolas, sacolinhas, latas disso e daquilo.... E o que é pior: são materiais que a natureza custa muito - quando consegue! - degradar e incorporar novamente ao ciclo da vida.




Um shopping bomba em SP

O Shopping Center Norte, um dos mais movimentados centros de compras e feiras executivas de São Paulo, foi construído há 27 anos em uma área que era um lixão a céu aberto. No local do terreno o material foi aterrado e, em cima, o estabelecimento foi construído.

Para seu funcionamento, o shopping instalou diversos dutos para a saída do gás metano liberado pelo lixo do solo e para que riscos de explosão fossem descartados. Será??


Além de inflamável, o metano é considerado o terceiro gás que provoca efeito estufa (depois do dióxido de carbono e vapor d'água). Ele possui um menor tempo de residência na atmosfera, quando comparado com o CO2. No entanto, ele possui um potencial de aquecimento 60 vezes maior. 60% da emissão de metano no mundo é produto da ação humana. Durante os últimos 200 anos, a concentração deste gás na atmosfera aumentou de 0,8 para 1,7 ppm. O metano é também chamado de biogás, pois pode ser produzido pela digestão anaeróbica de matéria orgânica, como lixo e esgotos, através de microorganismos chamados archaea.



Se você não ama a si próprio, como vai poder amar ao próximo.. Separe o lixo orgânico do lixo reciclável, você estará fazendo um bem a si próprio ..